c) Destacar os aspectos religiosos (missas e/ou celebrações cristãs realizadas).

ATIVIDADE 1 – HIST – HISTÓRIA DO BRASIL: COLÔNIA – 54_2024

 

Para a realização da Atividade de Estudo 1, é necessário a leitura e interpretação do documento a seguir:

“Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente, dum grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos? Ao monte alto o capitão pôs nome – o Monte Pascoal, e à terra – Terra da Vera Cruz. […] Dali avistamos homens que andavam pela praia obra de sete ou oito, segundo disseram os navios pequenos, por chegarem primeiro […] Ali não pôde deles haver fala, nem entendimento de proveito, por o mar quebrar na costa. Deu-lhes somente um barrete vermelho e uma carapuça de linho que levava na cabeça e um sombreiro preto. Um deles deu-lhe um sombreiro de penas de ave, compridas com uma copazinha pequena de penas vermelhas e pardas como de papagaio; e outro deu-lhe um ramal grande de continhas brancas, miúdas, que querem parecer de aljaveira. A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura dum fuso de algodão, agudos na ponta como furador. […] Os cabelos seus são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta, mais que de sobre-pente, de boa grandura e rapados até por cima das orelhas. […] Enquanto estivemos à missa e a à pregação, seria na praia outra tanta gente, pouco mais ou menos como a de ontem, com sem arcos e setas, a qual andava folgando. E olhando-nos, sentaram-se. E, depois de acabada a missa, assentados nós à pregação, levantaram-se muitos deles, tangeram corno ou buzina e começaram a saltar e a dançar um pedaço. […] Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, por que eles, segundo parece, não têm nem entendem nenhuma crença. […] Portanto, Vossa Alteza, que tanto deseja acrescentar a santa fé católica, deve cuidar da sua salvação. E prazerá a Deus que com pouco trabalho seja assim. Eles não lavram, nem criam. Não há boi, nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem qualquer outra alimária, que costumada seja ao viver dos homens. Nem comem senão desse inhame, que aqui há muito, e dessa somente e fruitos, que a terra e as árvores de si lançam.[…] Nela, até agora não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisas alguma de metal ou ferro, nem lho vimos. Porém a terra em si é de muitos bons ares, assim frios e temperados, como os de Entre Douro e Minho, porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá. […] Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza deseja, a saber, acrescentamento da nossa santa fé”.

Beijo as mãos de Vossa Alteza.

Deste Porto Seguro, da vossa Ilha da Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.

Pero Vaz de Caminha.

Fonte: https://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor=105. Acesso em: 23 ago. 2024.

A carta de Pero Vaz de Caminha é um importante e curioso registro dos primeiros contatos estabelecidos entre os lusitanos que ocupavam a esquadra de Pedro Álvares Cabral e os povos indígenas que viviam no território que seria paulatinamente conquistado pela Coroa de Portugal. Nesta premissa, Caminha constrói em seu relato a imagem dos nativos com um teor de curiosidade e, ao mesmo tempo, de espanto, já que segundo o cronista, eram povos completamente distintos dos que os portugueses já conheciam. Além da diferença, esses povos traziam outra maneira de ser, completamente distante da forma europeia — podemos dizer que houve um verdadeiro choque de realidades. Segundo Novaes (1999, p. 8) os primeiros viajantes e os filósofos do século XVI nos mostram que através dos contatos com as sociedades indígenas, inicia-se o longo itinerário da descoberta do Outro. Desse modo, o “reflexo no espelho da cultura não produz apenas o duplo, produz também a consciência da diferença”. Assim, a partir de 1500, o pensamento Ocidental vive de um duplo: ora dominado pela imaginação, ora tentando penetrar o mundo do Outro. Essa contradição tem história!

Fonte: NOVAES, A. A Outra Margem do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

Agora, usaremos a imaginação e a criatividade!

A partir da leitura do excerto documental e das reflexões realizadas no livro da disciplina, escreva um relato se colocando no lugar do indígena ao se deparar com a presença do português em seu território. É importante considerar que os nativos desconheciam a existência dos europeus e que também havia sentimentos como medo, desconfiança, curiosidade e até mesmo admiração. Para realizar este exercício, é necessário criar um nome indígena para o seu personagem, pontuar qual etnia que ele pertence e lembrar que as embarcações de Cabral ficaram ancoradas por dez dias e que durante este período (por meio dos registros realizados pelo próprio Caminha) temos uma sucessão de acontecimentos que conhecemos a partir da visão do cronista e não dos indígenas. Neste âmbito, para criar o seu relato (assumindo a visão do indígena daquele momento) você deverá considerar os itens a seguir:

  1. a) Descrever as características físicas dos navegadores e/ou suas vestimentas, destacando suas impressões.
  2. b) Pontuar os costumes que os portugueses tinham serem “estranhos” e/ou curiosos na visão do nativo.
  3. c) Destacar os aspectos religiosos (missas e/ou celebrações cristãs realizadas).
  4. d) Relatar os aspectos econômicos realizados a partir da troca de objetos entre nativos e lusitanos.

Orientações:

– Assista ao tutorial explicativo disponível na Sala do Café.

– Seu texto deverá conter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas.

– Leia novamente o que escreveu, amplie as ideias e conclua sua atividade.

– Realize uma cuidadosa correção ortográfica em seu texto antes de enviá-lo.

Bom estudo!

 

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