ATIVIDADE 1 – CBIO – QUÍMICA GERAL E ORGÂNICA – 54_2024
A humanidade, ao longo dos anos, tem extraído das plantas uma infinidade de substâncias que possuem os mais variados usos, sendo empregadas como perfumes, pigmentos, venenos e remédios (Firmo et al., 2011).
Plantas medicinais e tóxicas foram utilizadas pelas civilizações mais antigas, sendo uma das práticas mais antigas para tratamento, prevenção e cura de doenças, além de uma rica fonte de compostos biologicamente ativos, como indicado por Andrade et al. (2007). A partir das observações realizadas e, consequentemente, o conhecimento desenvolvido por essas civilizações, obteve-se o suporte necessário para a descoberta de suas propriedades nocivas ou benéficas e ainda são usadas em pesquisas farmacológicas atuais, conforme Silva (2011).
Atualmente, a fitoquímica é a área responsável pelo estudo dos compostos produzidos pelos vegetais, incluindo isolamento e identificação. Assim, os estudos dessa área desempenham um papel crucial na descoberta de novos fármacos. Estima-se que, no Brasil, cerca de 40% dos medicamentos disponíveis atualmente foram desenvolvidos direta ou indiretamente a partir de fontes naturais (ANVISA, 2022).
No mundo todo, diversos pesquisadores buscam, por meio de diversos processos, isolar e identificar substâncias orgânicas provenientes de plantas que possam ter um alto potencial medicamentoso. Pomini et al. (2012) realizaram, no município de Maringá, o estudo químico da espécie vegetal Miltonia flavescens, levando ao isolamento do flavonoide hortensina (Figura 1), que foi ativo contra linhagens de células cancerosas humanas.
Figura 1 – Hortensina
Sobre a hortensina, responda às questões a seguir:
- a) O que faz essa molécula ser classificada como um composto orgânico?
- b) Qual é o número de anéis aromáticos presentes na molécula?
- c) Quais são as funções orgânicas presentes nessa substância?
REFERÊNCIAS:
ANVISA. Anvisa reforça riscos do uso de produtos “naturais” irregulares. ANVISA, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2022/anvisa-reforca-riscos-do-uso-de-produtos-201cnaturais201d-irregulares#:~:text=Produtos%20naturais%20s%C3%A3o%20uma%20importante,a%20partir%20de%20fontes%20naturais. Acesso em: 1 ago. 2024.
ANDRADE, S. F. et al. Anti-inflammatory and antinociceptive activities of extract, fractions and populnoic acid from bark wood of Austroplenckia populnea. Journal of Ethnopharmacology, v. 109, p. 464-471, 2007.
FIRMO, W. C. A. et al. Contexto histórico, uso popular e concepção científica sobre plantas medicinais. Cadernos de Pesquisa, São Luís, v. 18, n. especial, p. 90-95, 2011.
POMINI, A. M. et al. Bioguided identification of anticancer and antifungal substances from the South Brazilian orchid Miltonia flavescens. Planta Medica, v. 78, n. 11, p. 1169-1169, 2012.
SILVA, J. K. M. Levantamento epidemiológico da hipertensão arterial versus conhecimentos etnobotânicos: conexão entre saúde e meio ambiente. 2011. Dissertação (Mestrado em Ciências do Ambiente) – Universidade Federal do Tocantins, Palmas, 2011.
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