ATIVIDADE 2 – LET – FILOSOFIA DA LINGUAGEM – 53_2025
A conversação, de Auguste Renoir. 1878.
Disponível em https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Auguste_Renoir_Conversation.JPG Acesso em 11 jul. 2025.
Os estudos da teoria linguística de Ferdinand de Saussure acerca da realidade e do fenômeno da linguagem, abriu caminho para que outras abordagens e outros nomes surgissem nessa área do conhecimento, a exemplo do linguista russo Roman Jakobson. Acerca das ideias de Jakobson, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I – Segundo o entendimento de Jakobson, a correta percepção do fenômeno da linguagem passa pela compreensão do que vem a ser de fato a comunicação.
PORQUE
II – Os componentes do ato comunicativo conectam-se com o que Jakobson estabeleceu como funções da linguagem.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
As asserções I e II são falsas.
O problema dos universais, isto é, do valor dos conceitos, das ideias, problema que tão cedo e tão longamente interessou a escolástica […] tem uma importância fundamental filosófica, não apenas lógica e dialética, mas também gnosiológica e metafísica. Lembrando que as questões concernentes aos estudos da linguagem não ficaram, ao longo do tempo, circunstritas à Grécia antiga e ao nascimento da filosofia ocidental, as preocupações e investigações sobre o tema avançaram para a Idade Média.
CASTAGNOLA, Luís; PADOVANI, Humberto. História da Filosofia. 5a. Ed. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1962.
Considerando as informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. A questão dos universais encontrou grande espaço e oportunidade de discussão em pensadores que povoaram os estudos de filosofia na Idade Média, como Porfírio, Boécio e Pedro Abelardo.
PORQUE
II. Foi ganhando intensidade a necessidade de esclarecer se os chamados universais possuíam em si mesmos existência concreta e irrefutável.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
As asserções I e II são proposições falsas.
Texto 1
A parte mais importante da atividade literária de Platão é representada pelos diálogos – em três grupos principais, segundo certa ordem cronológica, lógica e formal, que representa a evolução do pensamento platônico, do socratismo ao aristotelismo.
CASTAGNOLA, Luís; PADOVANI, Humberto. História da Filosofia. 5a. Ed. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1962.
Texto 2
Os diálogos de Platão constituem um mundo completo como nenhum outro poeta – além de Dante – criou.
CARPEAUX, Otto M. História da literatura ocidental. V. 1. São Paulo: Leya, 2011.
Considerando que diálogos de Platão são considerados marcos do pensamento filosófico ocidental baseando-se nos fragmentos acima e em seus conhecimentos acerca do diálogo Crátilo, avalie as afirmações a seguir.
I. No texto de Platão não é possível identificar nenhum tipo de tentativa de investigação acerca do fenômeno linguístico. Nota-se ali, apenas, uma espécie de jogo cômico que envolve certas palavras.
II. Pode-se afirmar que um dos tópicos centrais do Crátilo é uma das preocupações que acompanharam a filosofia desde o seu nascedouro: a relação entre os nomes e a realidade das coisas.
III. No tocante à resolução do problema da relação entre a linguagem e os seres que integram o real, Platão não aceita por completo nem a concepção naturalista nem a de teor etimológico.
É correto o que se afirma em:
I, apenas.
I e II, apenas.
I, II e III.
II, apenas.
II e III, apenas.
Lacan, de Pablo Secca. 2009.
Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lacan-by-pablo-secca.png Acesso em 10 jul. 2025.
Em nossos estudos, vimos que, Jacques Lacan, psicanalista francês, por meio de sua abordagem, estabeleceu uma contribuição consideradada de grande importância para o estudo da mente humana. A partir dos conteúdos apresentados no livro, analise as afirmações a seguir.
I – Lacan lastreou seu processo investigativo do inconsciente no trabalho prévio, acerca da linguagem, realizado por Ferdinand de Saussure.
II – Lacan percebe a realidade inconsciente como uma organização estruturada, à semelhança da linguagem.
III – Lacan entendia a realidade como a cisão entre os aspectos simbólicos e os imagéticos.
É correto o que se afirma em:
II, apenas.
III, apenas.
I e II, apenas.
I e III, apenas.
I, II e III.
As estratégias de introdução da psicanálise, a prescindir do panvitalismo e do pansexualismo, que não são doutrinas científicas positivas, mas doutrinas metafísicas naturalistas, o valor do freudismo está no ter posto em relevo como – de fato, se não de direito, isto é, segundo a fenomenologia, se não segundo a metafísica – o homem geralmente age por motivos práticos, econômicos, sensuais e, portanto, egoístas.
CASTAGNOLA, Luís; PADOVANI, Humberto. História da Filosofia. 5a. Ed. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1962. p. 428.
Uma das mais influentes teorizações da história, a psicanálise, elaborada pelo neurologista austríaco Sigmund Freud, tem encontrado, desde sua gênese, os mais variados entusiastas, estudiosos, perpetuadores e detratores. Acerca da psicanálise e sua relação com a linguagem, analise as afirmações a seguir.
I – A linguagem constitui elemento da maior importância na operacionalização do processo terapêutico proposto pela psicanálise.
II – Para Freud, o inconsciente é caracterizado, entre outras coisas, por possuir suas próprias leis.
III – Apesar de sua importância, quando da interpretação dos sonhos por parte de um psicanalista, a linguagem, por sua natureza, não pode contribuir nesse processo.
É correto o que se afirma em:
I, apenas.
II, apenas.
III, apenas.
I, II apenas.
I, II e III.
Segundo Aristóteles […], também os elementos primeiros do conhecimento – conceitos e juízos – devem ser, de um modo ou de outro, tirados da experiência, da representação sensível, cuja verdade imediata ele defende […].
CASTAGNOLA, Luís; PADOVANI, Humberto. História da Filosofia. 5a. Ed. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1962.
A partir dos seus conhecimentos sobre a relação de Aristóteles com os itens da realidade imediata (dentre eles a linguagem), bem como do fragmento acima, avalie as afirmações a seguir.
I. Para Aristóteles, não se pode considerar a linguagem, como queria Platão, como algo condenável quando da análise da realidade, pois ela permite comunicação.
II. Aristóteles pensa a arte retórica, meio em que a linguagem se comporta com grande articulação, como prática importante do exercício da liberdade humana.
III. Pode-se afirmar, basicamente, que o que igulala o pensamento platônico ao aristotélico é o fato de ambos filósofos defenderem a força corporal como a melhor substituta da força verbal.
É correto o que se afirma em:
I e II, apenas.
I e III, apenas.
II, apenas.
III, apenas.
I, II e III.
A matéria da linguística é constituída inicialmente por todas as manifestações da linguagem humana, quer se trate de povos selvagens ou de nações civilizadas, de épocas arcaicas, clássicas ou de decadência, considerando-se em cada período não só a linguagem correta e a “bela linguagem”, mas todas as formas de expressão.
SAUSSURE, Ferdinand. Curso de linguística geral. Trad. Antônio Chelini; José Paulo Paes; Izidoro Blikstein. São Paulo: Cultrix: 2006. p. 13.
A partir dos estudos que enfatizam o caráter sistemático e arbitrário da língua, Ferdinand de Saussure, conhecido como o pai da Linguística, foi o responsável pelo estabelecimento das bases e modus operandi dessa ciência. Sobre o pensador suíço e sua teorização, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas relação entre elas.
I. Saussurre sustentava que a língua existe e opera como uma estrutura.
PORQUE
II. Cada elemento da língua é tomado apenas em sua singularidade e funções próprias, sem relação com a totalidade de que faz parte.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa.
A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
As asserções I e II são falsas.
Mind in cave, de David S. Soriano. 2022.
Disponível em https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pop_Art_Cubism_Mind_in_Cave_by_David_S._Soriano.png Acesso em 14 jul. 2025
Texto 2
Para Heidegger, a filosofia deve desvendar a existência, determinar a essência do “estar no mundo”; noutras palavras, a filosofia é pesquisa, determinação do concreto, do individual imediatamente presente à consciência, concebido, porém, como dado, sofrido.
CASTAGNOLA, Luís; PADOVANI, Humberto. História da Filosofia. 5a. Ed. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1962. p. 428.
Martin Heidegger foi o filósofo responsável por entretecer toda uma estrura de pensamento de teor marcadamente ontológico. Nesse âmbito, a linguagem ocupa papel preponderante nas considerações desse pensador. Sobre a percepção heideggeriana do fenômeno linguístico, assinale a alternativa que a representa corretamente.
Para Heidegger, o domínio que o homem faz da linguagem é estabelecido de forma absoluta.
Segundo o filósofo, o fenômeno da linguagem nada tem a ver com a porção ontológica do homem.
Para Heiddeger, o fato de o homem possuir finitude impede qualquer conexão entre linguagem e o eu profundo.
Ser e tempo, considerado seu trabalho mais importante, é uma reflexão sobre o abandono da linguagem que o homem, ao longo do tempo, foi operando.
Segundo a percepção do pensador alemão, a linguagem apreende o homem e se mostra algo mais amplo e profundo que um mero intrumento comunicativo.
\”Na linhagem de Frege, Wittgenstein afirmava que o significado das expressões linguísticas tinha de ser determinado pelo mundo, caso contrário seria contaminado pela incerteza. E de Russell, ele se valeu da afirmação de que tanto a linguagem quanto o mundo precisam ser compreendidos em suas partes atômicas.\”
(Filosofia da Linguagem. Diego Luiz Miiller Fascina. Maringá – PR: Unicesumar, 2022. Unidade II. p, 69).
Wittgenstein é um dos filósofos mais importantes do começo do século XX, suas investigações influenciaram essencialmente inúmeras questões sobre linguagem e filosofia. A partir disso, seu trabalho é comumente dividido em duas fases, sobre as quais podemos afirmar:
A Primeira fase consiste na intenção do autor de fornecer uma teoria capaz de evidenciar que a filosofia não é a última palavra em busca da verdade. Sendo a Segunda fase marcada pela retomada da fé na filosofia como capaz de nos levar à verdade.
A primeira fase o autor trabalha com a ideia de buscar um fundamento rigoroso para o significado de sentenças atômicas. E a Segunda fase tem como principal característica a fundamentação do contexto das partes atômicas.
A Primeira fase tem como principal característica a crença do autor na análise estritamente lógica da linguagem. E a Segunda como um momento de aprimoramento das ideias de Russell sobre o atomismo lógico.
A Primeira fase tem como principal influência sua vontade de trabalhar na aeronáutica. E a Segunda fase é marcada por sua relação com Russell, que lhe despertou sua paixão pela filosofia.
A Primeira fase é marcada pela análise lógica da linguagem. E a Segunda fase é marcada pela análise do uso da linguagem.
Hobbes e Locke concordavam que a linguagem tinha origens divinas e era usada principalmente para fins religiosos.
Hobbes e Locke consideravam a linguagem como uma mera convenção social e não tinham interesse em analisar suas origens ou implicações.
Hobbes e Locke afirmavam que a linguagem era uma expressão direta das essências das coisas e que as palavras correspondiam exatamente às realidades do mundo.
Hobbes e Locke defendiam que a linguagem surgia a partir das paixões humanas e das experiências sensoriais, mas diferenciavam-se na ênfase dada ao papel das ideias gerais.
Hobbes argumentava que a linguagem é essencialmente privada e usada apenas para expressar paixões pessoais, enquanto Locke defendia que a linguagem é uma ferramenta objetiva para comunicação e expressão.