Os dados revelam o quanto o fenômeno conhecido como “teto de vidro” ainda impõe barreiras à ascensão profissional para lideranças femininas no continente, barreiras ainda mais difíceis de transpor para as negras. A metáfora do teto de vidro foi cunhada em 1978 pela consultora norte-americana Marylin Loden (1946-2022) para se referir ao setor privado, denunciando os obstáculos muitas vezes invisíveis que impedem a ascensão das mulheres aos cargos mais altos. Mas o teto também cobre a cabeça das profissionais da administração pública.
O relatório aponta que as mulheres compõem 52% do funcionalismo dos países estudados. No entanto, são apenas 23,6% nos cargos classificados como de nível 1 (equivalente a ministro) e 44,2% nos cargos de nível 4 (diretor). No Brasil, embora as mulheres, de acordo com o Atlas do Estado brasileiro, produzido pelo Ipea, sejam quase 59% dos servidores, são apenas 18,6% nos cargos de liderança, nos quatro níveis, conforme o relatório do BID. Separando pelos níveis estudados, em 2022 elas eram 19,3% no nível 4, 22,1% no nível 3 (subsecretária) e 9,1% no nível 2 (secretária).
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‘A péssima posição do Brasil não surpreende. Também está entre os países mais mal avaliados da América Latina no que diz respeito aos direitos políticos das mulheres e à paridade política entre homens e mulheres. Até 2006, nem sequer dispunha de legislação específica sobre violência contra a mulher, ao passo que 17 países da região já legislavam sobre o tema’, afirma a economista Daniela Verzola Vaz, da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
‘Há pouco reconhecimento de que a desigualdade de gênero seja um problema no setor público brasileiro e, como consequência, existem poucas políticas públicas a respeito’, observa. Vaz acrescenta que, nos cargos em comissão do grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS) do Poder Executivo federal, a proporção de mulheres no nível 6, mais alto na hierarquia, era de 22% no final do ano passado. ‘Esse percentual pouco avançou na última década: estava em 20,9% em novembro de 2009’, diz”.
Fonte: https://revistapesquisa.fapesp.br/mulheres-enfrentam-barreiras-para-a-ascensao-no-servico-publico-brasileiro/. Acesso em: 6 abr. 2023.
Nesta Atividade de Estudo 1, você é convidado(a) a relacionar o texto anterior com a sua experiência cotidiana, levando em consideração a importância de um Gestor Público estudar a trajetória da sociedade até os dias atuais e entender alguns padrões de desigualdades para, assim, desenvolver políticas públicas atentas ao contexto social. Para tanto, responda:
- Defina o que é hipótese. Sua resposta deve conter, no mínimo, três e, no máximo, cinco linhas.
- Desenvolva uma hipótese que possa, de alguma forma, explicar os dados discutidos no texto anterior de que, no Brasil, embora as mulheres sejam quase 59% dos servidores públicos, elas estão em apenas 18,6% dos cargos de liderança. Sua resposta deve conter, no mínimo, três e, no máximo, quinze linhas.
Observação: para esta atividade, você pode ir além do texto anterior, relacionando-o com leituras de jornais e revistas, além do material didático.
ATENÇÃO: para responder a Atividade de Estudo 1, orientamos que digite a sua resposta, primeiramente, em um arquivo WORD, em seu computador — pois, caso digite direto na caixa de texto no ambiente Studeo, pode acontecer de expirar o tempo e perder sua resposta —, depois disso, copie sua resposta e cole na caixa de resposta a seguir.
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