“[…] por volta de 1970, pode-se dizer que o Estruturalismo já era, no Brasil, a orientação mais importante nos estudos da linguagem, e que tinha contribuído para criar um novo tipo de estudioso, o linguista, que já então dispunha de um espaço próprio em face de duas figuras mais antigas – a do gramático (interessado na sistematização dos conhecimentos que resultam num uso ‘correto’ da variante padrão) e a do filólogo (interessado no estudo das fases antigas da língua, e na análise de textos representativos dessas fases)” (Ilari, 2011, p. 54).
Fonte: ILARI, R. O estruturalismo linguístico: alguns caminhos. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. (Orgs). Introdução à linguística: fundamentos epistemológicos. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2011, v. 3, p. 53-92.
Considerando o estruturalismo e a inserção da disciplina de Linguística nos Cursos de Letras do Brasil, assinale a alternativa correta:
O Brasil também foi influenciado pelo Estruturalismo, por meio do trabalho conjunto entre três profissionais: o linguista, o gramático e o filólogo.
O Estruturalismo, ao chegar no Brasil, foi fortalecido e disseminado nos Cursos de Letras por meio de dois profissionais: o gramático e o filólogo.
O linguista é o profissional da linguagem que teve seu espaço reconhecido, a partir da década de 1970, mediante a chegada da teoria estruturalista.
O Estruturalismo brasileiro rompeu a hegemonia de dois profissionais: o gramático e seus textos antigos e o filólogo que pensava a língua pela variante padrão.
O Estruturalismo, ao chegar ao Brasil, foi recepcionado por gramáticos discordantes de uma concepção de língua trabalhada pela dicotomia do certo e do errado.